STIQUIFAR

Stiquifar aciona Yara por não apresentar toda a documentação referente a horas extras

Líder sindical avisa: “Estamos aqui para resistir em nome de todos os trabalhadores”

 

O Stiquifar protocolou na justiça do Trabalho uma amostragem de cálculos em relação a trabalhadores da Yara que têm direito a horas extras, devido a revezamento ilegal realizado pela empresa. O questionamento se deu devido ao fato de a Yara não ter apresentado a documentação necessária, tendo ainda feito um cálculo bem abaixo da realidade. “Ela contempla somente 84 trabalhadores, sendo que lá em 2018 tínhamos aproximadamente 300”, afirma a presidente do Stiquifar, Graça Carriconde.

Ela esclarece que todo o processo ocorreu devido ao fato de que a lei permite somente que a empresa reveze horários até 6 horas sem negociar com o sindicato, e a Justiça entendeu que a houve revezamento de forma ilegal, sem acordo com o sindicato. “A jornada na Yara é superior a 6 horas, o que caracterizou a ilegalidade, pois não houve participação do sindicato. Então, após a sexta hora, é preciso pagar as horas extras”, reforça.

Graça acredita que a empresa quer forçar um acordo e age de má fé, mostrando uma base de cálculo totalmente fora da realidade. A líder sindical assegura que a documentação não foi entregue na totalidade, com a pretensão de pressionar tanto os trabalhadores quanto o sindicato. “Estamos aqui para resistir em nome dos trabalhadores. Todos vão receber os valores. O juiz já acatou nosso pedido, e assim que a Yara for notificada terá dez dias para apresentar tudo na integridade à Justiça. Nós agimos em nome de todos. Esta é uma conquista sindical, e pedimos somente um pouco mais de paciência. Em breve marcaremos uma Assembleia”, conclui.