O cenário político e econômico brasileiro vive mais um momento de tensão e contradições profundas. Enquanto a população de baixa renda e os trabalhadores continuam sendo os mais afetados pelas decisões de instituições que deveriam estar ali para proteger, o país observa uma dinâmica em que os interesses dos super ricos e da elite econômica seguem sendo priorizados.
Nos últimos meses, o chamado “tarifaço norte-americano”, resultado da política protecionista dos Estados Unidos em defesa de sua indústria e de seus empregos, vem impactando diretamente setores estratégicos da economia brasileira, especialmente os voltados à exportação. Produtos nacionais sofrem novas barreiras tarifárias, encarecendo a competitividade do Brasil no mercado internacional. Com isso, o governo federal vem preocupado em equilibrar suas contas e paralelo a isso, vem adotando políticas de proteção ao setor produtivo nacional.
Paralelamente, o Congresso Nacional segue reforçando sua imagem de uma casa voltada à autoproteção e aos privilégios corporativos. Projetos de interesse coletivo, voltados à geração de empregos, valorização do salário-mínimo e ampliação de benefícios sociais, seguem travados ou distorcidos durante as negociações políticas. Em contrapartida, medidas que blindam parlamentares, aumentam fundos partidários e garantem reajustes a servidores do topo da máquina pública tramitam com velocidade e aprovação quase unânime.
Enquanto isso, o trabalhador brasileiro continua à margem do orçamento público. A precarização das relações de trabalho, o desemprego estrutural e o aumento do custo de vida são tratados como meros efeitos colaterais de uma política que privilegia o equilíbrio de alguns, mas ignora a desigualdade social. O discurso oficial de alguns setores fala em “austeridade” e “responsabilidade”, mas, na prática, o que se vê é um Congresso defendendo que os mais pobres paguem a conta de uma engrenagem construída para proteger o topo da pirâmide.
Esse protecionismo dos Super-ricos, reforçado por brechas fiscais e benefícios tributários, perpetua um sistema injusto e concentrador. Grandes grupos empresariais e investidores seguem acumulando lucros recordes, enquanto o poder de compra do trabalhador é corroído e os programas sociais enfrentam risco de cortes e restrições.
Diante desse cenário, cresce o sentimento de descrença e desconfiança popular nas instituições que deveriam estar ali para proteger. O brasileiro comum observa, mais uma vez, que quando se trata de dividir sacrifícios, a conta nunca chega aos poderosos. A crise é sempre do povo, e o privilégio, sempre de poucos.
Sempre ouvimos discursos afirmando que a população aprendeu a votar. No entanto, é inevitável questionar se isso realmente corresponde à realidade, especialmente quando observamos empresários, banqueiros e líderes religiosos votando em candidatos que representam diretamente seus próprios interesses. Por outro lado, a população, que deveria agir em sentido contrário, acaba muitas vezes elegendo justamente aqueles que contribuem para o seu sofrimento e exclusão.
Eleitor, em 2026 será o momento de pesquisar com atenção e votar em quem realmente está
ao seu lado.
Lembrem-se disso!

