José Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força sindical, participou ontem (11) de live, em torno do tema “Ação Sindical em tempos de pandemia”. Ele conversou com o jornalista João Franzin, coordenador dea agência. sereno, mas firme, o sindicalista qualificacou o presidente de Bolsonaro de “cabeça de bagre” e explicou “quem é do litoral, como seu, sabe que o brage tem o corpo grande, mas a cabeça é bem pequenina”.
Crítico do governo, especialmente dadas às agressões à democracia e aos desacertos na área da economia e saúde, o dirigente da Força Sindical endossa a fala do presidente da Central, Miguel Torres, que, em vídeo, pede a renúncia de Bolsonaro. Diz Juruna: “Na Força, o presidente consulta os demais dirigentes. Portanto, ele não falou pra expor uma opinião pessoal. Penso igual a ele e sei que esse sentimento é geral no sindicalismo e cresce na base trabalhadora”.
Juruna foi um dos articuladores do 1º de Maio Unitário on-line. “Tivemos só 10 dias pra organizar o evento, preparar as lives dos artistas e juntar lideranças política de campos opostos, como Lula e Fernando Henrique. Mas com o discurso em defesa da democracia e respeito aos Poderes do Estado de Direito”.
Abono – Em sua live nesta segunda (11), João Carlos Gonçalves lembrou que o Abono Emergencial de R$ 600,00 nasceu de demanda do movimento sindical. Pressionado, o governo queria dar só R$ 200,00. Ele comenta: “Mas direção sindical debateu com os presidentes da Câmara e líderes partidários, conseguindo chegar aos R$ 600,00”.
Uma das ações sindicais nestes tempos de pandemia foi conseguir a indicação do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) para a relatoria da Medida Provisória 936, baixada pelo presidente Jair Bolsonaro dia 1º de abril. Juruna avalia: “O deputado Orlando procurou fazer um relatório com os pés no chão. Não temos muito espaço pra avançar. Mas entendo que vamos conseguir avanços, sim, que melhorem aspectos de interesse dos trabalhadores”.
SUS – Na qualidade de quem viu o Sistema Único de Saúde ser criado na Assembleia Nacional Constituinte, Juruna considera que o fortalecimento do SUS é uma bandeira que ganha espaço. “A sociedade e os trabalhadores já valorizam mais o SUS e eu entendo que esse deve ser um item permanente da luta sindical do 1º de Maio em diante”, ele afirma.
Fonte: Agência Sindical