A desvalorização do real elevou os preços dos fertilizantes agrícolas e reduziu bastante a diminuição observada nos preços internacionais. No entanto, aumentou os preços locais de algumas commodities – como soja, milho e café – para níveis recordes, em valores nominais, segundo informações divulgadas por um novo relatório Rabobank.
De acordo com as informações, alguns agricultores adquiriram insumos para o próximo cultivo durante o primeiro trimestre para obter vantagens nas baixas dos preços internacionais de fertilizantes e na antecipação de margens mais altas.
“Como resultado, as empresas locais estão ativas nos mercados internacionais desde janeiro deste ano. Além do real fraco, as consequências da guerra comercial entre a China e os EUA também contribuíram para os preços locais da exportação de soja. As margens dos agricultores de soja e milho para a próxima safra estão previstas acima de suas médias de cinco anos desde março, e podem incentivá-los a aumentar a ingestão de plantas e a aplicação de fertilizantes”, comenta o relatório.
Segundo o texto, a demanda de fertilizantes no Brasil para 2020 está prevista em 36,7 milhões de toneladas, 1,5% acima do ano passado. “A manufatura local de fertilizantes prevê um decréscimo de 15%, para 7,8 milhões de toneladas, após uma forte redução no ano passado, causada por margens deficientes em alguns setores industriais de nitrogênio relacionados a fosfatos”, completa.
“Considerando que as importações de fertilizantes acumuladas até maio – 1,8 milhão de toneladas acima do mesmo período do ano passado – esperamos que o Brasil não atue no mercado durante o segundo semestre deste ano”, conclui.
Fonte: Agrolink