STIQUIFAR

Bioenergética Aroeira mantém proposta e Stiquifar reage

Líder sindical avisa: Não há outra saída, a não ser a mediação no TRT

 

Stiquifar realizou uma assembleia com os trabalhadores da Bioenergética Aroeira, em dois momentos distintos, a fim de ter acesso a toda categoria. Inicialmente deveria ter caráter deliberativo, mas acabou assumindo um cunho informativo, diante da insistência da empresa em reapresentar uma proposta que já havia sido rejeitada democraticamente pelos trabalhadores em votação anterior. “Tal atitude representa um desrespeito à vontade soberana dos que participaram do processo e refutaram uma proposta que, claramente, não atendia às suas necessidades”, lamenta a presidente do Stiquifar, Graça Carriconde.

Historicamente, a Bioenergética Aroeira tem adotado a prática de não reconhecer plenamente as perdas inflacionárias, apresentando propostas com índices sempre abaixo do INPC. Apesar de, em momentos pontuais, a empresa ter sinalizado entendimento da importância de, ao menos, recompor as perdas salariais dos últimos dois anos, retorna agora com práticas anteriores, ignorando essa necessidade básica. “Falta apenas boa vontade”, pontua.

Além disso, a empresa tem demonstrado maior empenho em valorizar os níveis hierárquicos superiores de sua estrutura profissional, em detrimento da base trabalhadora — justamente aquela que movimenta e faz a diferença no dia a dia da produção. Tal postura tem se refletido em diversas irregularidades: descumprimento de cláusulas de acordos firmados, supressão de 30 minutos do horário de almoço sem o devido pagamento das horas extras correspondentes, convocações frequentes para atividades sem o devido respeito ao direito de folga, entre outras situações passíveis de verificação.

Graça reforça que, apesar da busca pelo diálogo com a empresa, buscando sensibilizá-la quanto aos pontos que têm gerado profundo descontentamento e conflitos internos no ambiente de trabalho, não há posicionamento positivo por parte da Aroeira. “Esse cenário é prejudicial a todos e não pode ser tratado com naturalidade. Vamos continuar atuando firmemente na defesa dos direitos dos trabalhadores, esperando da empresa, ao menos, o mínimo necessário: boa vontade e respeito à força de trabalho”, ressalta. Para a líder sindical, não há outra saída a não ser solicitar a mediação o TRT.