Contrapropostas apresentadas do reajuste salarial já foram prontamente rejeitadas pelo sindicato
A presidente do Stiquifar, Graça Carriconde, acompanhada do diretor da entidade, Edimilson Rocha, estiveram presentes na sede da Usina Bioenergética Aroeira, em Tupaciguara (MG) em reunião com a equipe de Gerência de Recursos Humanos da empresa, quando foram iniciadas as tratativas das Negociações Coletivas referentes ao período 2025/2026.
Cláusula por cláusula da pauta apresentada pelo sindicato foi discutida e avaliada, mas a empresa se limitou a propor um reajuste salarial de 4,5% que abrange também o salário normativo e o valor do ticket alimentação. “Ora, de R$ 300,00, eles fazem uma proposta de reajustar o ticket para R$313,50. Isto é absurdo”, lamenta a presidente do Stiquifar, que imediatamente rejeitou a proposta, bem como a do reajuste salarial. “Ele se encontra significativamente abaixo do índice do INPC acumulado no período, que é de 5,32%, configurando, portanto, uma perda real para os trabalhadores”, completa.
A empresa alegou que, segundo estudos internos, reajustes salariais entre 10% e 50% para determinados grupos configurariam aumento salarial. No entanto, o sindicato entende que tais percentuais representam apenas a correção de defasagens e não podem ser considerados como ganho real ou compensados por correção salarial
Outros pontos da pauta, como o abono para brigadistas, prêmio por tempo de serviço e o turno de revezamento, não foram contemplados nas negociações. A empresa, no entanto, comprometeu-se a realizar estudos em relação ao plano de saúde, com o objetivo de viabilizar ajustes que beneficiem, especialmente, idosos e crianças. Contudo, preocupa ao sindicato o fato de que tais estudos não possuem prazo definido para conclusão, o que é considerado inaceitável no contexto de uma negociação coletiva. “Tudo que caracteriza ganho para o trabalhador, sempre está em estudo, mas prazos para que eles sejam apresentados não são estipulados”, ironiza a líder sindical.