STIQUIFAR

Mosaic Fertilizantes utiliza uma “política de gestão” que torna a empresa como uma das piores para se trabalhar

 


A diretoria do Stiquifar (Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Uberaba e Região) analisa que a Mosaic
Fertilizantes P & K – que é uma empresa internacional que extrai fosfato e
potássio – com filial em Uberaba, no Distrito Industrial III. Como já
conhecemos a política administrativa americana implantada na Unidade de
Uberaba, ela deixou de ser uma empresa interessante para os trabalhadores.


 “Estamos percebendo
que insatisfação da categoria está crescendo significamente, porque eles querem
trabalhar com a tônica com menos para fazer mais, levando os trabalhadores a
elevado índice de estresse e desgaste mental. Se a empresa continuar seguindo
essa ideologia, quando o cenário econômico mudar, eles terão dificuldades para
segurar os funcionários mais qualificados, pois estão se sentindo
desvalorizados e procurando cada vez mais o Stiquifar para orientá-los quanto
as ações individuais que cada companheiro deve tomar”


DESVALORIZAÇÃO
PROFISSIONAL

“Infelizmente, a política da Mosaic está na contramão de
outra empresas que temos na nossa base, onde os trabalhadores são valorizados e
tem os seus trabalhos reconhecidos, pois as empresas são mais sensíveis na
negociação da data-base. Sabemos que algumas perdas são inevitáveis, com o
governo federal trabalhando para atender somente os grandes empresários e o
agronegócio. Portanto, temos empresas dentro do mesmo distrito que compreende
que sem a ‘força de trabalho’ jamais atingirão êxito no seu plano estratégico de
ser referência no mercado”, comentam.


Do ponto de vista do Stiquifar, o governo federal ainda não
entendeu que é possível ser desenvolvida uma economia sustentável, preservando
a floresta Amazônica garantindo o crescimento econômico do país. Não da forma
como vem governando, que é tirando os direitos dos trabalhadores e privatizando
empresas, de acordo com os interesses econômicos do país. Sucateando, ainda mais,
a mão de obra elevando o índice de extrema pobreza no Brasil. “Ao contrário do
que pensa a Mosaic, a questão humanitária é fundamental e a responsabilidade
social deve ser uma obrigação de um grupo econômico que tem responsabilidade
com os seus colaboradores e cidade na qual está locada, já que querem se manter
como referência no segmento de fertilizantes. O que está longe de acontecer”, salientam


SONEGAÇÃO DE
INFORMAÇÕES

Se não bastasse não valorizar os trabalhadores
financeiramente e não garantir qualidade no setor laboral, existe mais um
agravante dentro da Mosaic Fertilizantes que é a sonegação de informações
importantes para a categoria. Além de não ter transparência em sobre a
avaliação dos trabalhadores, em relação ao PPR (Programa de Participação nos
Resultados), os trabalhadores não tem também acesso ao contrato do plano de
saúde, documentos referentes ao seguro de vida, entre outros.


 “Uma empresa como a
Mosaic que ‘bate no peito’ é diz que é séria não pode negar ao trabalhador o
direito de ter acesso a cópia do contrato do plano de saúde e o cartão de
apólice do seguro de vida, dentre outros, pois são questões que refletem diretamente
na sua folha de pagamento. A falta de informação é tão séria, dentro da
empresa, que se alguém quiser saber sobre a previdência privada não tem ninguém,
dentro da multinacional, para ajudá-los a esclarecerem suas dúvidas”, revelam.


Como a empresa não gosta nem de responder e-mails do
sindicato quando são questionados sobre os direitos dos trabalhadores, a
diretoria informa que tomará medidas cabíveis para fazer valer o direito da categoria
de serem bem representada pela entidade, pois é um direito constitucional. “A empresa
pensa que está nos levando com a ‘barriga’ para ganhar tempo para não pagar
todos os direitos dos trabalhadores e não se posicionar sobre as
reivindicações. No entanto, estamos atentos a situação e as coisas não ficarão
do jeito como eles querem”, finalizam.