Em comunicado, a Fiequimetal – Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas refere que, depois de vários plenários que tiveram lugar nas diferentes empresas do grupo, “os trabalhadores confirmaram a determinação de fazer greve entre as 00:00 de dia 13 e as 24:00 de dia 16, em defesa das reivindicações apresentadas relativamente a reenquadramento salarial e revisão do plano de carreiras”.
A greve, segundo a estrutura sindical, vai abranger todos os trabalhadores dos complexos fabris do grupo, em Aveiro, em Vila Velha de Ródão, na Figueira da Foz e em Setúbal.
“Admite-se ainda que os trabalhadores também recusem todo o tipo de trabalho suplementar em qualquer momento, seja antes, durante ou depois daqueles quatro dias de paralisação”, acrescenta.
Esta greve ao trabalho extra é feita ao abrigo do pré-aviso emitido pela Fiequimetal oportunamente, sinaliza.
De acordo com a Fiequimetal, a decisão de avançar para esta forma de luta foi tomada “face à intransigência da administração do grupo, durante mais de seis meses de negociação”
Os trabalhadores, os sindicatos e a federação exigem assim a “atribuição imediata, a todos os trabalhadores, das categorias profissionais e dos salários correspondentes às funções desempenhadas”, bem como a “compensação monetária aos trabalhadores que durante largos anos estiveram desenquadrados das categorias profissionais e dos salários correspondentes às funções desempenhadas”.
Reivindicam igualmente a “valorização dos trabalhadores e das suas carreiras profissionais, com um plano de carreiras aplicável a todas as empresas do grupo The Navigator Company, nas áreas industrial, comercial e corporativa e a trabalhadores executantes, quadros médios e quadros superiores”.
No plano de carreiras, refere a Fiequimetal, os trabalhadores querem que as promoções sejam imediatamente aplicadas, logo que um trabalhador assuma o posto ou postos de trabalho de forma autônoma.
Pretendem também incluir um mecanismo “anti-estagnação”, assente numa evolução salarial que atribui um valor fixo a cada três anos, desde que o trabalhador tenha avaliação de desempenho positiva em dois anos seguidos ou interpolados, com um tempo de permanência máximo de três anos no mesmo escalão.
Reivindicam ainda uma tabela salarial com grupos e escalões e relação direta com o posto de trabalho (especialidades).
Fonte: Noticia ao minuto/economia